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sábado, 13 de dezembro de 2014

E, PORQUE ESTAMOS NO NATAL...



A TRADIÇÃO DA ÁRVORE DE NATAL

 FOI INTRODUZIDA EM PORTUGAL

POR D. FERNANDO II, 

CASADO COM A RAINHA D. MARIA II.


Em Portugal, até meados do século XIX, a tradição do Natal tinha como centro a figura do Presépio. No entanto, finda a Guerra Civil de 1832-34, que opôs os Liberais aos Miguelistas,  e com a ascensão ao Trono de Portugal da Rainha Dona Maria II, os hábitos da Corte Portuguesa, por altura do Natal mudaram. Assim, em 1836, a Rainha casou com o Príncipe Ferdinand von August Franz Anton von Sachsen- Coburg-Gotha-Koháry, mais tarde, D. Fernando II, o Rei-Artista. Deste casamento nasceram muitos filhos, dois dos quais foram mais tarde os reis Dom Pedro V e Dom Luís I. Com a vinda para Portugal de Dom Fernando II foi introduzida na Corte Portuguesa, a tradição da Árvore de Natal. Dona Maria II ficou conhecida na História com o cognome de “A Educadora”, tal era a sua preocupação com a educação dos seus filhos. O ambiente familiar assemelhava- se bastante a uma família burguesa no período do auge do Romantismo. Consta, segundo registos, que Dom Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.

D. Fernando II, o Rei-Artista. Estátua no Largo do Ramalhão, em Sintra, uma homenagem do povo








A pouco e pouco, graças à influência da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do “Pai Natal” símbolo, claramente economicista e materialista, começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
Texto: David Garcia
Fotos: Idalina Grácio

JORNAL DE SINTRA

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